Portugal, que estará representado na reunião pela ministra Maria Luís Albuquerque, já não está na ordem do dia — ao longo dos últimos três anos, e até à conclusão do respectivo programa de assistência, em maio passado, era sempre um dos pontos incontornáveis da agenda, enquanto país sob programa -, estando a discussão sobre "resgates" praticamente limitada à Grécia e, também neste caso, num clima muito mais tranquilo.
O Eurogrupo de hoje deverá, de resto, dar "luz verde" ao desembolso de uma tranche de mil milhões de euros da ajuda à Grécia, depois de Atenas ter cumprido os requisitos necessários, pelo que, mesmo neste caso, não haverá lugar a discussões de fundo.
Um alto responsável do fórum de ministros da zona euro realçou mesmo que, finalmente, os 18 deixam de ter de discutir "horas a fio" a resposta à crise e o desenvolvimento dos programas de ajuda, podendo dedicar cada vez mais os encontros a discutir a coordenação de políticas económicas com vista ao crescimento e emprego, devendo hoje centrar-se nas políticas fiscais.
Depois do encontro de hoje do Eurogrupo, a reunião será alargada aos 28, na terça-feira, naquele que será o primeiro Conselho Ecofin do segundo semestre do ano e, como tal, o primeiro sob presidência italiana.
Lusa/SOL