Alemanha foi campeã do mundo também em Cabrália

Depois de Dilma ter passado a Taça para as mãos do capitão Lahm, os jogadores desceram as escadas da tribuna e rumaram ao relvado. Ali no centro do Maracanã, todos à volta do troféu, começaram uma dança que aprenderam com os índios pataxós de Cabrália, na Bahia. A dança foi tosca, mas a mensagem passou:…

O jornal Estado de São Paulo diz que os moradores da cidade, especialmente os da vila de Santo André – onde a selecção alemã ficou instalada – já sentem saudades dos jogadores.

O sentimento de saudade, autógrafos e camisolas como a de Khedira, vestidas por vários miúdos da vila, são marcas que os alemães deixam para serem partilhadas durante muito tempo em Cabrália.

Mas há mais. A Federação Alemã de Futebol tem como política ajudar as localidades onde a Mannschaft fica instalada nas fases finais das provas internacionais. Foi assim em 2010 na África do Sul e no Europeu de 2012 na Ucrânia.

A delegação alemã deixou um presente na aldeia de índios Pataxó Coroa Vermelha, uma doação de 10 mil euros para os índios comprarem uma ambulância.

Na escola de Santo André, há camisolas e bicicletas autografadas pelos atletas alemães. A ideia é, no futuro, leiloar estas relíquias. Cada uma das bicicletas, por exemplo, está avaliada em 1400 euros.

Além disto, decidiram apoiar financeiramente um projecto social chamado Sonhos de Crianças, que ajuda a única escola do local. Antes da prova, alguns jogadores fizeram uma visita às instalações para surpresa das crianças.

Na despedida, toda a equipa foi de balsa, deixando em delírio os cerca de 100 moradores de Santa Cruz Cabrália, que os ovacionaram na despedida, enquanto recebiam algumas camisolas atiradas pelos craques – e Schweinsteiger registava o momento de telemóvel em punho.

Antonio Abreu, funcionário de um resort de Santo André, também ficou com as suas recordações. E algumas relíquias, como conta o jornal local  A Tarde quando Abreu recebeu umas camisolas do seleccionador Joachim Löw. “Tremi as pernas quando recebi o presente. Tinham até as iniciais JL, de Joachim Löw. A camisa branca eu dei para minha esposa. A vermelha ficou para mim”, diz, com orgulho. “Tenho um filho de dois anos. No futuro, vou dar-lha e dizer: 'Ela foi usada pelos tetracampeões mundiais aqui em Santo André'".

 

SOL