Reinício dos voos directos entre Portugal e Guiné-Bissau

Portugal e a Guiné-Bissau vão assinar hoje um acordo que permitirá retomar as ligações aéreas entre Lisboa e Bissau, confirmou à Lusa uma fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

Reinício dos voos directos entre Portugal e Guiné-Bissau

O protocolo de cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de fronteiras será assinado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, e pelo seu homólogo da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, em Lisboa, estando também presentes os primeiros-ministros dos dois países, Pedro Passos Coelho e Domingos Simões Pereira.

"Falta limar o acordo Estado a Estado para dar garantias de segurança nos voos, e aliás foi essa a razão da interrupção dos voos, e quando estiver concluído esse acordo, a TAP terá depois de decidir, enquanto empresa, a retoma dos voos", disse o ministro Rui Machete na Guiné-Bissau, quando participou na cerimónia de tomada de posse do seu homólogo.

Questionada sobre a ligação entre este protocolo e a retoma das ligações aéreas directas entre Lisboa e Bissau, uma fonte oficial afirmou que "a TAP neste momento não tem ainda informação oficial sobre a existência de condições a nível diplomático para retomar os voos, mas mantém a expectativa de retomar a operação logo que possível".

A companhia aérea portuguesa, acrescentou, "desde a primeira hora que voa para os países de língua portuguesa e isso faz parte da sua tradição".

Questionada sobre quanto tempo poderá demorar até que sejam retomados os voos, a mesma fonte não quis avançar uma data, mas disse que, de uma forma genérica, o tempo que medeia entre uma decisão deste género e o início da operação costuma demorar dois a três meses, normalmente usados para criar condições técnicas, abrir os mercados e começar a receber reservas para os voos.

A TAP suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde Dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.

Na altura a TAP considerou que só retomaria os voos – que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.

Lusa/SOL