Novartis anuncia tratamento contra a malária

O grupo farmacêutico suíço Novartis anunciou hoje resultados promissores para um novo tratamento contra a malária, actualmente em fase de testes. 

Novartis anuncia tratamento contra a malária

Num estudo publicado no New England Journal of Medicine, a Novartis apresenta resultados mostrando que o tratamento, chamado KAE609, "faz desaparecer rapidamente o parasita em pacientes contagiados com paludismo com Plasmodium falciparum (P. falciparum) e Plasmodium vivax (P. vivax), sem complicações".

A Novartis está em vias de desenvolver dois novos medicamentos anti-malária, uma doença que mata todos os anos mais de 600 mil pessoas, a maioria crianças africanas.

Estes tratamentos, chamados KAE609 e KAF156, tratam o paludismo de forma diferente das terapias actuais.

"A Novartis está envolvida de forma duradoura na luta contra o paludismo e estamos determinados a prosseguir a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, tendo em vista a eliminação desta doença, um dia", declarou o director geral da farmacêutica, Joseph Jimenez.

Por outro lado, o responsável do Instituto Novartis para as doenças tropicais, Thierry Diagana, considerou que o KAE609 "é um medicamento que poderá verdadeiramente alterar o jogo da luta contra o paludismo".

O laboratório suíço atribuiu ao KAE609 o estatuto de projecto prioritário devido ao seu potencial único de administração sob a forma de associação medicamentosa numa toma única, acrescentou.

Em Junho de 2012, 21 pacientes infectados por um dos dois tipos de parasitas que causam o paludismo participaram num estudo clínico em Banguecoque e Mae Sot, perto da fronteira entre a Tailândia e a Birmânia, onde foi verificada uma resistência aos medicamentos atuais.

Os investigadores observaram um desaparecimento rápido dos parasitas em pacientes adultos infetados com malária por P. vivax e P. falciparum, incluindo os que mantinham parasitas resistentes depois de receber o novo tratamento.

No ano passado, a Novartis forneceu mais de 600 milhões de tratamentos a preço de custo aos países onde a malária é endémica.

Lusa/SOL