Carlos Moedas foi a primeira escolha de Passos Coelho

Desde que deu início ao processo de escolha para o comissário europeu, Pedro Passos Coelho pôs em cima da mesa o nome de Carlos Moedas, seu Secretário Adjunto e braço direito no Governo.

Carlos Moedas foi a primeira escolha de Passos Coelho

Porém, aquando da primeira conversa com o novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o primeiro-ministro foi surpreendido com a preferência de Juncker por Maria Luís Albuquerque, a ministra das Finanças.

Desde cedo ficou certo na cabeça de Passos Coelho que abdicar da sua ministra numa pasta tão importante do Executivo só se justificaria se Portugal conseguisse como contrapartida conquistar o lugar de uma vice-presidência na Comissão Europeia, acumulada com outra pasta de destaque.

O que à partida, e num quadro que envolve 27 países, seria muito difícil de conseguir.

O SOL sabe que já há cerca de duas semanas o secretário de Estado Adjunto, Carlos Moedas, começara a arrumar o seu gabinete em São Bento.

E ontem, após o final da reunião do Conselho de Ministros, Passos Coelho ficou reunido com Maria Luís Albuquerque, Miguel Poiares Maduro e precisamente Carlos Moedas – o que foi lido por muitos como um sinal de que era dali que iria sair o próximo comissário europeu e que o assunto iria estar em cima da mesa.

Só ao final da noite Passos Coelho falou com Juncker e o processo ficou fechado. E esta manhã, com o primeiro-ministro a partir para férias, o seu gabinete anunciou o nome de Carlos Moedas como o novo comissário europeu.

sofia.rainho@sol.pt