“À luz das sanções da UE”. É esta a frase escolhida pelo ministro da economia alemão e vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, para justificar o cancelamento do projecto em causa.
A União Europeia, na semana passada, chegou a acordo para penalizar os bancos russos que, até agora, tinham acesso ao financiamento nos mercados europeus, bem como a proibição da venda de armas e o congelamento de negócios no sector energético.
Se em Março, em virtude da anexação da Crimeia por parte da Rússia, o Governo germânico tinha suspendido este negócio, agora decidiu mesmo cancelá-lo. Em Abril, Berlim também afirmou que todas as exportações de equipamentos militares para a Rússia (69 negócios) estavam pendentes.
O embargo à venda de armas aprovado pela União Europeia não se aplica aos contractos já em vigor, pelo que este projecto poderia ser legalmente realizado. Como é o caso da França, que assinou um contrato em 2011, no valor de 1,2 mil milhões de euros, para a venda de dois navios de guerra à Rússia. “De momento, o negócio não está posto em causa", disse o Presidente francês, François Hollande.
Tendo em conta o elevado montante envolvido no negócio, esta decisão alemã parece demonstrar firmeza e pro-actividade em torno da crise na Ucrânia.
O projecto da Rheinmetall baseava-se na construção de um campo de treinos, totalmente equipado, para formar as tropas russas. Este centro, na região do Volga, iria receber e formar 30.000 soldados por ano e seria destinado às unidades de infantaria e blindados da Rússia. A sua inauguração estava prevista ainda para 2014.
SOL