Guardiola diz que odeia o tiki-taka

Pep Guardiola falou. É raro fazê-lo. Diz que não dá entrevistas – e não dá. “Tenho tanto respeito por um jornal nacional como por um regional, merece tanto um como merece o outro”, disse um dia. Por isso, quando fala em conferências de imprensa pode esperar-se uma surpresa. Foi o que aconteceu nos EUA.

O Bayern Munique está a fazer a pré-época na América e o treinador espanhol decidiu falar do passado recente.

E disse que odiava o tiki-taka. Ou pelo menos o termo que cunharam para o sistema de jogo no futebol caracterizado por passes curtos e movimentação, trabalhando a bola por várias aéreas do campo, e mantendo a posse de bola. Até tem entrada na Wikipédia.

O criador renega a sua criação. Porquê?

“O termo é pejorativo”, disse. Não gosta do termo, não adiantou mais que isso.

A origem da frase pode ser onomatopeica (referindo-se ao espaço curto dos passes entre os jogadores) ou derivada de um brinquedo malabarista chamado tiki-taka em espanhol (bolimbolacho em português). E isso desagrada os ouvidos de Pep.

Também chamou “cagada” à derrota por 4-0 ante o Real Madrid a época passada, nas meias-finais da Liga dos Campeões. A “pior” da sua carreira.

E ainda teve tempo para revelar os motivos que levaram à sua saída do Barcelona em 2012. E não por causa de Rosell.

“Não é verdade que tenha sido por causa da sua falta de apoio na remodelação do plantel”.

“Estava no limite do desgaste e não via que opções podia dar à equipa. Não pedi para renovar a equipa, fui eu que decidi vir embora”.

SOL