CDS sempre se opôs à indicação de Maria Luís

Paulo Portas foi desde sempre um “travão” à partida da ministra das Finanças para Bruxelas. O líder do CDS e vice-primeiro-ministro entendia que o Governo não deveria “desguarnecer a frente interna”, como referiu ao SOL um dirigente centrista, e que seria “um erro interno” esta escolha. No CDS alertava-se para a saída de Maria Luís…

CDS sempre se opôs à indicação de Maria Luís

Também a crise no BES acabou por 'amarrar' a ministra das Finanças, já que Maria Luís acompanhou o processo, esteve sempre informada e negociou a solução.

Carlos Moedas foi o primeiro nome que veio à cabeça de Passos Coelho quando deu início ao processo. Porém, logo na primeira conversa com Juncker, o primeiro-ministro foi surpreendido com a preferência por Maria Luís.

Mas Passos só estava disposto a abdicar da sua ministra contra a garantia de uma vice-presidência na Comissão Europeia, acumulada com outra pasta de destaque. Juncker ainda não está, porém, a negociar pastas e não quis abrir uma excepção para Portugal. 

A escolha acabou por recair sobre o nome inicial, Carlos Moedas, sendo que já há duas semanas o secretário de Estado Adjunto começara a arrumar o seu gabinete em São Bento.

sofia.rainho@sol.pt