Na chegada à capital ucraniana – em véspera do Dia da Independência -, a chanceler alemã referiu que a sua visita é feita "numa altura difícil" e tem por objectivo “mostrar que a integridade territorial da Ucrânia é essencial”.
Tanto os EUA como a Alemanha, na sexta-feira, disseram estar preocupados com a presença militar russa na fronteira entre os dois países e consideraram a entrada do comboio humanitário enviado pela Rússia na região de Lugansk – bastião separatista pró-russo no leste da Ucrânia – uma "clara violação fronteiriça".
Depois de uma reunião com Petro Poroshenko, Merkel não descartou a hipótese de impôr novas sanções a Moscovo. “Não podemos descartar pensar em novas sanções se não houver progresso na situação”, afirmou Merkel, destacando ainda a importância de um “cessar-fogo bilateral e efectivo nos controlos fronteiriços”.
Poroshenko afirmou que tudo irá fazer para alcançar a paz mas que não poderá fazê-lo sozinho.
A chanceler referiu ainda que irá enviar 500 milhões de euros para a reconstrução das províncias de Donetsk e Lugansk.
Em quatro meses de conflitos no leste da Ucrânia, já se contam mais de quatro mil mortos e cerca de 330 mil desalojados.Na terça-feira, irá realizar-se um encontro entre Poroshenko e o Presidente russo Vladimir Putin, em Minsk na Bielorrússia, na tentativa de resolver o conflito.