Câmara de Cascais diz que incidentes foram ‘situação pontual’

O presidente da Câmara Municipal de Cascais disse nesta segunda-feira que os incidentes que marcaram o concerto de Anselmo Ralph na vila foram “uma situação pontual”, originada por uma rixa entre dois indivíduos.

Câmara de Cascais diz que incidentes foram ‘situação pontual’

De acordo com o autarca Carlos Carreiras, dos incidentes resultaram dois feridos, transportados para o Hospital de Cascais.

"Foi uma situação pontual ao fim de dez dias de muita animação e alegria", explicou o presidente da autarquia, em declarações aos jornalistas após os incidentes que marcaram o encerramento das Festas do Mar.

"Gostaria de agradecer ao Anselmo [Ralph] a postura que teve em palco e que foi determinante para que a situação não atingisse outras proporções", afirmou Carlos Carreiras, aludindo ao facto de ter sido o próprio cantor a pedir a interrupção do concerto ao aperceber-se de distúrbios entre a assistência.

O autarca notou que a zona onde decorreram os espectáculos, entre a praia e o Hotel Baía, tem uma capacidade para cerca de 50.000 pessoas e que as medidas de segurança foram as consideradas adequadas pelas autoridades policiais.

O cantor Anselmo Ralph também minimizou os incidentes: "Vi muita gente a curtir, a festejar", afirmou aos jornalistas.

No entanto, o cantor disse que se apercebeu de "brigas" junto ao palco e que tentou acalmar as pessoas porque se encontravam a assistir ao espectáculo muitas crianças, justificando o pedido de interrupção e o apelo à intervenção da polícia.

O concerto de Anselmo Ralph, que decorreu na noite de domingo na Praia dos Pescadores e encerrou as Festas do Mar, foi interrompido durante cerca de 15 minutos, tendo sido depois retomado, com apenas mais uma música, e seguido, embora com atraso, do fogo-de-artifício previsto.

Pelo menos três pessoas foram detidas já depois de o concerto ter terminado, constatou a agência Lusa no local.
Uma das detenções ocorreu após um grupo de pessoas ter corrido à frente da polícia, junto ao hotel Baía.
Outros dois detidos foram levados algemados para a esquadra, quando o dispositivo policial já procedia à dispersão das pessoas que ainda se mantinham no local após o final da festa.

"Ele foi apanhado no meio da confusão e levado", lamentava, à porta da esquadra, o amigo de um dos detidos, que não se quis identificar e disse apenas ser da zona de Lisboa.

Segundo uma fonte policial, para além destes três detidos, a PSP procedeu à identificação de outros cinco indivíduos, na sequência dos distúrbios, e recebeu inúmeras queixas por roubos, nomeadamente de telemóveis.
Segundo fonte da PSP, citando testemunhas no local, entre as pessoas com ferimentos, o "mais preocupante", parece ter sido provocado por uma arma branca.

"O problema foi ser à borla, porque assim veio toda a gente e o dinheiro foi gasto em bebida", explicou Hugo, de 16 anos, que assistiu ao espectáculo com um grupo de amigos, "longe da confusão".

O dispositivo policial integrou dezenas de agentes da PSP, da Unidade Especial de Polícia e das brigadas anti-crime, da Polícia Marítima e da Polícia Municipal.

Lusa/SOL