Bombeiro suspeito de atear fogo

O bombeiro detido pela Polícia Judiciária (PJ) pela suspeita de ter ateado um incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi “suspenso de imediato” pela corporação local, disse hoje o comandante.

Bombeiro suspeito de atear fogo

A PJ anunciou hoje em comunicado que o homem de 34 anos, empresário da construção civil e bombeiro voluntário, está "fortemente indiciado pela prática do crime de incêndio florestal".

O comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Manuel Borges Machado, afirmou aos jornalistas que o bombeiro em causa foi de "imediato suspenso" pela corporação.

O responsável referiu ainda que a corporação vai proceder à abertura de um inquérito interno, cuja conclusão está dependente do processo judicial. 

"O processo judicial é que vai ajudar a decidir como vamos proceder", salientou Manuel Borges Machado. 

Até lá, o bombeiro está proibido de entrar nas instalações dos voluntários de Vila Pouca de Aguiar.

O comandante fez questão de frisar que o bombeiro, que pertencia à corporação há três anos, é "uma pessoa extremamente dedicada", um "bom voluntário" e que teve "uma avaliação psicológica muito positiva".

De acordo com o responsável, neste período de verão o suspeito tinha informado a corporação de que não estava disponível para o combate aos incêndios devido a um acréscimo de trabalho provocado pela chegada de emigrantes.

De acordo com a PJ, o indivíduo é suspeito de ter ateado um fogo, que deflagrou às 22:49 do dia 17 de Agosto e consumiu uma pequena área de mato e pinheiro bravo na freguesia de Capeludos, concelho de Vila Pouca de Aguiar.

Segundo esta força policial, as chamas não se propagaram "a uma grande mancha florestal adjacente dada a pronta intervenção da população e dos bombeiros que o extinguiram".

O suspeito vai ser presente sexta-feira a interrogatório judicial, no Tribunal de Vila Pouca de Aguiar, para aplicação de eventuais medidas de coação.

A detenção foi efectuada pela Unidade Local de Investigação Criminal da PJ de Vila Real que, este ano, já deteve 10 suspeitos do crime de incêndio florestal na sua área de intervenção.

Lusa/SOL