Revelada finalmente a identidade de Jack, o Estripador

Um “detective amador” Russel Edwards e um biólogo molecular Dr. Jari Louhelainen dizem ter descoberto a identidade de Jack, o Estripador, um dos mais famosos assassinos em série, que matou de forma brutal pelo menos cinco prostitutas no distrito londrino de Whitechapel, no Outono de 1888.

A teoria de Edwards será apresentada terça-feira no Reino Unido, num livro intitulado "Naming Jack The Ripper". E aponta o emigrante polaco Aaron Kosminski – um barbeiro de origem judia –, que teria 23 anos na altura, como o responsável pelas mortes.

Kosminski chegou a Inglaterra em 1881 com a sua família, fugindo das autoridades russas, e o suposto autor das mortes foi mais tarde internado num asilo, onde viria a morrer com gangrena.

A confirmação (de que Kosminski é o assassino mais procurado da história) veio pela análise de ADN de um xaile encontrado ao lado de Catherine Eddowes, uma das suas vítimas. Na peça de tecido foram encontrados vestígios do sangue da vítima e do assassino, material que foi analisado e comparado ao DNA dos descendentes de ambos os envolvidos e resultou na identificação de Kominski, um dos suspeitos-chave ligados ao caso.

 

Edwards conseguiu comprar o xaile num leilão em 2007 e pediu a ajuda de Louhelainen para tentar encontrar mais pistas ligadas ao caso do estripador.

"Estou excitado e orgulhoso com o que conseguimos”, contou Louhelainen ao Mail on Sunday. “E satisfeito por termos conseguido, o mais possível, dizer que Aaron Kosminski é o culpado”.

Aaron Kosminski

No entanto, esta teoria não é tão bem aceite por alguns cientistas e academistas sobre o “caso do estripador” que Edwards and Louhelainen admitem ter desvendado. Afirmando que o xaile é uma prova pouco convincente.

“O xaile foi aberto e tocado por imensas pessoas, respiraram para cima e cuspiram”, diz ao Times of London Richard Cobb, que promove passeios turísticos pelo sítios de Jack, o Estripador. “Provavelmente o meu ADN também está lá”.

O inventor da técnica da impressão digital no ADN, Sir Alec Jeffreys, diz que estes novos resultados são “interessantes”. E diz que Kosminski era há muito visto como o principal suspeito dos assassinos, numa lista com mais de 100 suspeitos onde constam os nomes do neto da rainha Victoria, o príncipe Albert Victor, o ex-primeiro ministro William Gladstone e o pintor pós impressionista Walter Sickert. 

SOL