‘Amiguismo’ de Costa, diz PSD sobre mais 20% nos salários de administradores

“Amiguismo” é a explicação encontrada pelo PSD-Lisboa para os aumentos que a Câmara de Lisboa aprovou dar aos administradores das empresas municipais.

"Esta proposta de aumento aos administradores das empresas municipais só pode tratar-se disso mesmo", conclui o presidente do grupo municipal do PSD, Sérgio Azevedo, sublinhando que "há aumentos que ultrapassam os 20%".

É o caso dos vogais do presidente e de uma vogal da EGEAC, que vão passar a ganhar 3.380 e 3.278 euros, respectivamente.

"Quem gere uma câmara com a fragilidade económico-financeira como a de Lisboa não pode aumentar os salários dos  nomeados políticos", critica Sérgio Azevedo, para quem não colhe a justificação de que os aumentos dos administradores da EMEL, EGEAC, SRU e Gebalis decorrem da lei: "Não é verdade. A lei define tectos máximos de vencimento. A decisão de aumentar esses vencimentos é uma decisão política".

O líder da bancada laranja na Assembleia Municipal recorda que esta decisão de António Costa e do seu vice-presidente Fernando Medina acontece "ao mesmo  tempo que se preparam para sobrecarregar os impostos dos lisboetas no orçamento da CML para 2015, mais concretamente com o previsível aumento do IMI, com a criação da taxa de protecção  civil, da taxa de hotelaria, da taxa de utilização de bens culturais entre outros".

A decisão de aplicar aumentos aos responsáveis pelas empresas camarárias é ainda criticada pelo social-democrata por acontecer numa altura em que a Câmara de Lisboa "apresenta uma estrutura económico-financeira cada vez mais frágil".

Medina diz que é "totalmente falso"

Fernando Medina diz que é "totalmente falso" que a Câmara de Lisboa (CML) vá aumentar os administradores das empresas municipais em «mais de 20%» como denunciou o PSD Lisboa. O vice-presidente de António Costa explica que a proposta da autarquia vai mesmo reduzir a despesa com os salários das administrações.

"Aquilo que a Câmara aprovou vai levar a uma redução da despesa de 35.784 euros por ano com salários", assegura Fernando Medina ao SOL.

margarida.davim@sol.pt