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Os portugueses que morreram no 11 de Setembro

Um dos maiores ataques terroristas aconteceu precisamente há 16 anos. A data 11 de Setembro ficou na memória de todos e é ainda hoje um dia de luto para milhares de pessoas. 

Os portugueses que morreram no 11 de Setembro

Os ataques suicidas contra os Estados Unidos foram perpetrados pelo grupo radical Al-Qaeda e mataram quase três mil pessoas: 246 nos quatro aviões que embateram nos edifícios, 2606 na cidade de Nova Iorque e 125 no Pentágono. Todas as mortes ocorridas foram de civis, excepto a de 55 militares que se encontravam no Pentágono.

Entre as pessoas que morreram estavam cinco portugueses. Uns trabalhavam nas Torres Gémeas, outros estavam "no sítio errado à hora errada".

Voltou para ajudar os colegas

João Aguiar Costa, na altura com 30 anos de idade, “era há duas semanas vice-presidente da empresa de corretagem e gestão de património onde trabalhava, que funcionava no 87.º andar da torre sul [do World Trade Center, em Nova Iorque]”, escreveu a Lusa em 2011.

De acordo com a agência noticiosa, João telefonou à namorada assim que se deu o primeiro embate e mandou todos os seus colegas sair. Quando se preparava para abandonar o local, decidiu voltar atrás para ajudar os trabalhadores de uma outra empresa daquele andar. Foi nessa altura que o segundo avião chocou contra a torre.

Tentou retirar pessoas de um elevador

Também o engenheiro electrónico na Autoridade Marítima Carlos da Costa, de 41 anos, morreu a atentar ajudar outras pessoas a fugirem das torres. “Após o primeiro impacto, segundo recordou a supervisora de Carlos da Costa na altura dos acontecimentos, português foi visto a descer as escadas mas depois percebeu que havia pessoas presas dentro do elevador. Juntamente com dois colegas tentou retirá-las. Não se sabe se conseguiram”, escreveu a Lusa.

Foi buscar máscaras e garrafas de oxigénio

António José Carrusca Rodrigues, de 36 anos, também trabalhava na Autoridade Marítima. Assim que soube o que se estava a passar decidiu ir a correr para o local dos ataques. António tinha ido aos pisos subterrâneos buscar máscaras e garrafas de oxigénio para ajudar as pessoas que ali se encontravam. No momento em que começou a descer, caiu uma torre.

No sítio errado à hora errada

Bastaram dois minutos. Apenas dois minutos. O decorador de interiores Manuel da Mota dirigiu-se para o World Trade Center para uma reunião de trabalho. De acordo com as declarações de um colega de trabalho à Lusa, dois minutos depois de Manuel ter chegado ao local, o primeiro avião despenhou-se.

Conseguiu despedir-se da mulher

Também António Augusto Tomé Rocha, 34 anos, trabalhava no World Trade Center, na empresa na Cantor Fitzgerald Securities, que ocupava os pisos 101, 103, 104 e 105 da torre norte, a primeira a ser atingida.

"Um avião bateu contra o World Trade Center, há fogo, muito fumo, mas não te assustes..." foram as últimas palavras que António disse à sua mulher Marilyn, assim que o avião chocou com o prédio.

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