Vestido a rigor para o fundo do mar

Um ‘exofato’ é a mais recente invenção de uma empresa canadiana para uma descida ao fundo do Mar Egeu, na Grécia. 

O motivo? Conseguir recuperar mais alguns vestígios de um naufrágio de um barco romano que por lá terá ficado por alturas do século I a.C, ao largo da ilha de Anticítera.

Nesta espécie de escafandro high-tech que parece saído de um filme de ficção científica irá o arqueólogo marinho norte-americano Brendan Foley, numa expedição conjunta da sua universidade com as autoridades gregas, que gerem o património da Antiguidade Clássica.

A descoberta desta embarcação naufragada remonta a 1900. De entre os restos mais famosos já recolhidos está o ‘Mecanismo de Anticítera’, um calculador astronómico que ficou conhecido como o primeiro ‘computador’ da história da humanidade. Entre os anos 50 e 70, várias equipas coordenadas pelo célebre investigador marinho Jacques Cousteau visitaram o local, trazendo diversos vestígios à superfície e identificando-os. Na altura, constatou-se que alguma da carga embarcada pelo que seriam mercadores romanos remontava ao século IV a.C., e estaria a ser transportada para Roma.

Brendan Foley pretende agora ir mais fundo. O fato de mergulho pode descer até aos 300 metros de profundidade e permite uma autonomia de várias horas, já que está equipado com um dispositivo interno que impede que o mergulhador sinta os efeitos da forte pressão submarina. 

ricardo.nabais@sol.pt