EI mostra vídeo com novo refém britânico

O Estado Islâmico divulgou esta quinta-feira um novo vídeo onde mostra um jornalista britânico que diz ser refém dos terroristas.

EI mostra vídeo com novo refém britânico

No vídeo de três minutos, filmado com três câmaras, John Cantlie, um fotojornalista, afirma que trabalhou para meios de comunicação como o The Sunday Times,  The Sun e o The Sunday Telegraph. Acrescenta que veio para a Síria em Novembro de 2012, tendo sido capturado pelo EI.

O Governo de Londres recusou fazer comentários sobre as novas imagens divulgadas pelo Al-Furqan, o braço armado do EI, que são muito diferentes dos vídeos anteriores.

Intitulado ‘Empresta-me os teus ouvidos’ é anunciado como sendo o primeiro de uma série em que Cantlie revelará “a verdade” sobre o Estado Islâmico.

O EI controla cerca de um terço da Síria e Iraque e já mostrou em vídeo o assassínio de dois jornalistas americanos e um funcionário britânico de uma ONG, tendo ameaçado matar outro refém do Reino Unido.

Tal como nos vídeos anteriores, o repórter fotográfico veste uma t-shirt cor-de-laranja. Mas desta vez está sentado a uma secretária, a partir da qual critica a guerra que está a ser conduzida contra o EI e diz que ele e outros reféns britânicos e norte-americanos foram abandonados pelos seus governos. O nome de Cantlie nunca tinha sido avançado entre os reféns estrangeiros do grupo.

Em Julho de 2012 já tinha sido capturado por extremistas islâmicos na Síria, juntamente com um fotógrafo holandês. Mas tinham sido libertados tempos depois pelo Exército Livre Sírio.

Não aparecem combatentes do IE no vídeo que foi colocado online por utilizadores associados ao grupo terrorista e mencionado pelo SITE Intelligence Group, uma organização americana de denuncia do terrorismo.

Depois da decapitação de James Foley, Steven Sotloff e David Haines, os terroristas ameaçaram matar Alan Henning, um antigo motorista de táxi britânico que foi capturado em Dezembro depois de se juntar a um combóio de ajuda humanitária e passar a fronteira entre a Turquia e a Síria.

AP/ SOL