Ribeiro e Castro consegue apenas um voto para líder da bancada

Nuno Magalhães foi reeleito, esta quarta-feira, líder da bancada parlamentar do CDS-PP com os votos de 23 dos 24 deputados centristas, numa eleição a que também concorreu José Ribeiro e Castro, que recolheu um voto.

Os vice-presidentes da bancada Cecília Meireles, Hélder Amaral e Telmo Correia foram também reeleitos.

"Encaro estes resultados como um testemunho da confiança dos deputados, mas também como responsabilidade para continuarmos o trabalho que temos vindo a fazer ao longo deste três anos", afirmou Nuno Magalhães aos jornalistas.

Magalhães sublinhou o papel dos deputados para, "no quadro da maioria, e em articulação com o PSD e com o Governo", fazerem não só a sustentação do Governo, mas também apresentarem "alternativas de propostas que possam ir ao encontro dos anseios dos portugueses".

Ribeiro e Castro assumiu que a sua candidatura era uma forma de sinalizar um desejo de mudança na forma de funcionamento do partido e do grupo parlamentar e as suas ideias acerca do sistema político.

"É minha obrigação usar os instrumentos que tenho à minha disposição para sinalizar ideias por que me bato, que no meu entender são indispensáveis. Cada um assume a sua responsabilidade, eu assumo a minha e faço o máximo que posso fazer, que é dispor-me a servir o grupo parlamentar numa outra linha", afirmou na quarta-feira aos jornalistas.

O ex-líder do CDS-PP já se tinha candidatado no ano passado à liderança da bancada, tendo recebido um voto por parte da totalidade dos deputados centristas que votaram para reeleger Nuno Magalhães em outubro de 2013.

Ribeiro e Castro considera que há uma forma de funcionamento dentro do CDS, de outros partidos e de uma série de instituições, como o parlamento, que é pouco participada, apresentando as políticas como um "facto consumado".

"Se os mecanismos institucionais – conselhos nacionais, comissões políticas, grupos parlamentares -, funcionassem colegialmente antes das decisões serem tomadas, o Estado não seria tão facilmente capturado por interesses", afirmou, considerando que há uma "crise de institucionalismo" na sociedade portuguesa.

Lusa / SOL