Sarkozy está de volta à vida política

Nicholas Sarkozy anunciou, esta sexta-feira, que será candidato a líder do partido conservador União por um Movimento Popular (UMP), cujas eleições se realizam em Novembro.

Sarkozy está de volta à vida política

O ex-presidente francês, de 59 anos, anunciou o seu regresso através da sua página de Facebook: “Questionei-me constantemente sobre a possibilidade de regressar à vida política, que tinha abandonado sem amargura e sem arrependimento. Foi ao fim de uma reflexão profunda que decidi propor aos franceses uma nova escolha política. (…) Sou candidato à presidência da minha família política”.

Quando abandonou o Eliseu, o ex-chefe de Estado afirmou que iria abandonar a vida política e iria arranjar uma maneira diferente para servir o seu país.

“Gosto demasiado da França. Entusiasmo-me demasiado com o debate público e com o futuro dos meus compatriotas para os ver condenados a escolher entre o espectáculo desesperante de hoje em dia e a perspectiva de um isolamento sem saída”, pode ler-se na publicação, numa aparente referência ao fraco mandato de Hollande e a crescente popularidade da extrema-direita de Marine Le Pen.

Segundo os analistas, este regresso à vida política de Sarkozy é visto como um apontar para uma candidatura às eleições presendiciais de 2017.

Sarkozy saiu derrotado das eleições presidenciais, em 2012, pelo socialista François Hollande – que se tornou o presidente francês menos popular dos últimos 30 anos.

Desde então, o ex-presidente enfrentou uma série de problemas legais. Em Julho, esteve detido durante 15 horas e acusado de tráfico de influências e violação do segredo de justiça. Escutas telefónicas revelaram que Sarkozy terá corrompido um magistrado a troco de informações sobre uma investigação que decorria sobre um presumível financiamento ilegal por parte de Muammar al-Khadafi à sua campanha presidencial em 2007, na qual foi eleito presidente.

Na altura, numa entrevista à  TF1 e à rádio Europe 1, o ex-chefe de Estado declarou-se inocente e vítima de uma conspiração da esquerda.

*com Agências