Construção de parque jurássico na Lourinhã adiada

O investidor privado do Parque Jurássico da Lourinhã comunicou à autarquia a desistência de um investimento de dez milhões de euros, por falta de financiamento, deixando sem data o início da construção do complexo, informou hoje a Câmara Municipal.

Hoje, na sessão pública de câmara, o executivo deu conhecimento do conteúdo de uma carta do investidor alemão, na qual justificam que, devido às “condições impraticáveis dos bancos portugueses" para o financiamento estão, "de momento, impossibilitados de implementar a curto prazo o projecto".

O presidente da câmara, João Duarte Carvalho (PS), esclareceu à agência Lusa que "não há uma desistência total" dos promotores, explicando que estarão disponíveis a entrar numa parceria com outros investidores, entrando com três milhões de euros de investimento em réplicas de dinossauros em tamanho real.

O autarca adiantou que o município vai agora estudar novas soluções de construção e de financiamento, podendo vir a partir de Janeiro a procurar novos investidores para o projecto, que regressa assim ao ponto em que estava em 2011.

A autarquia tinha dado um prazo até sexta-feira para os investidores alemães, ligados ao Dinopark, um museu dos dinossauros localizado na cidade alemã de Münchenagen, a 40 quilómetros de Hannover, apresentarem uma solução de financiamento para darem início à construção do parque ainda este ano.

O prazo estava previsto no contrato assinado em 2012 entre o município e os promotores alemães, a quem a autarquia cedeu o direito de superfície por 50 anos dos 36 hectares de terreno para a implantação do projecto.

Na carta, lida na mesma sessão, os investidores mostram-se disponíveis para vender a empresa criada para elaborar o projecto de arquitectura e gerir o Parque Jurássico.

As obrigações para o município e para os promotores constantes no contrato cessariam no final deste ano, caso não existisse construção, mas o executivo PS explicou que não precisa de chegar ao final do ano, uma vez que a falta de financiamento é motivo para a rescisão do contrato.

O Parque Jurássico deveria ter começado em construção no final de 2013 para abrir portas no primeiro semestre deste ano, o que não aconteceu, uma vez que a empresa optou por ir à procura de financiamento junto dos bancos portugueses.

O Parque Jurássico, previsto para uma área de 25 hectares no Pinhal dos Camarnais, onde se localizava a antiga lixeira municipal, iria ter um espaço de exposição de achados de dinossauros com 150 milhões de anos e um jardim com réplicas de dinossauros em tamanho real, onde seriam esperados 200 mil visitantes por ano.

Lusa/SOL