‘País precisa de fazer tudo para atrair investimento’

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou hoje, em Leiria, que o país precisa de fazer tudo para atrair investimento, defendendo que o Estado deve decidir a “tempo”, caso contrário podem perder-se oportunidades.

‘País precisa de fazer tudo para atrair investimento’

"Não há postos de trabalho se não houver empresas e, portanto, é preciso fazer tudo o que nós pudermos para atrair investimento, seja nacional, seja estrangeiro, e quem confiar em Portugal neste momento de viragem deve merecer o nosso respeito", disse Paulo Portas.

Na inauguração de uma unidade fabril, o vice-primeiro-ministro considerou que é necessário perceber que, "hoje em dia, em economia aberta, quando um investidor decide onde é que vai investir, pensa em muitos critérios", referindo a necessidade de o país ser competitivo.

Paulo Portas realçou, ainda, que todos têm de aprender que "em economia, não apenas na vida, tempo é dinheiro, decidir a tempo significa ganhar dinheiro, não decidir a tempo significa perder oportunidades e, portanto, perder dinheiro".

"E se se perdem oportunidades, perdemos todos, país, empresas, trabalhadores", continuou o vice-primeiro-ministro.

Defendendo que todos os departamentos do Estado têm de perceber que "um investidor tem direito a um sim ou a um não, não pode ficar à espera que lhe digam o que é que o Estado pensa sobre o seu investimento", Paulo Portas advertiu que em "economia global, quando não se tratam bem os investidores eles apanham o avião e vão para outro lado".

Sobre a inauguração da fábrica – Poço — Equipamentos Industriais, SA – investimento de cerca de 15 milhões de euros na zona industrial da Cova das Faias, Paulo Portas realçou que se trata de um "exemplo do Portugal que trabalha", que investe, que arrisca ou do "Portugal que constrói", iniciado em 2011, "no tempo mais difícil" da economia do país.

Para o governante, na nova unidade juntam-se três "is" muito importantes para a economia nacional: investimento, internacionalização e inovação.

"Setenta por cento, neste momento, do que aqui se produz é para exportar e todos sabemos que as economias que se modernizam mais são aquelas que assentam um pilar importante da sua força nas exportações", sustentou, atribuindo ao "mérito das empresas" nos anos mais duros que o país viveu o crescimento das exportações.

Paulo Portas referiu, no entanto, que há ainda, nesta matéria, caminho a fazer, acrescentando a este propósito que "alguém dizia" que viaja muito.

"Tomara eu viajar menos. Eu não viajo, trabalho. Vou com as empresas, levo as empresas. Vou com as marcas, levo as marcas. Vou procurar que os produtos portugueses se vendam mais e melhor lá fora, porque sei que estou a ajudar a economia portuguesa e estou a ajudar os postos de trabalho em Portugal", disse.

A Poço — Equipamentos industriais, SA, fábrica de estruturas metálicas e equipamentos industriais tem 98 trabalhadores e 77% da sua produção destina-se à exportação, sendo os principais mercados Angola e Congo.

Lusa/SOL