Com argumento de Tiago Santos, “Os Gatos Não Têm Vertigens” conta a história de uma viúva (Maria do Céu Guerra) que encontra um adolescente problemático (João Jesus) a viver no seu terraço e resolve ajudá-lo, apostando "incondicionalmente no seu lado bom", como disse o realizador ao SOL, na entrevista publicada há uma semana.
A par da solidariedade entre terceiros, António-Pedro Vasconcelos quis retratar o país com “Os Gatos Não Têm Vertigens”, nomeadamente a exclusão e abandono que as classes mais jovens e mais velhas sofrem. “Só em 2014 é que podia fazer este filme. Não é possível fechar os olhos ao que se está a passar à nossa volta. Sou incapaz de ser indiferente e todos os meus filmes, mal ou bem, são um retrato do país. Este filme é muito marcado pelo período negro que estamos a viver. Depois do 25 de Abril não me lembro de nada assim. É um trauma que vai ficar durante muitos anos porque este é o primeiro Governo que conheço que não tem a mínima preocupação com as pessoas”, sublinhou ainda o cineasta.
