Passos assegura que não mudou nada no BES

“Afinal, o que é que mudou? Como é que passaram de ‘nem um cêntimo’ dos contribuintes para ‘são os contribuintes a pagar?”, questionou  a líder do BE, Catarina Martins.

Passos assegura que não mudou nada no BES

"Nós temos uma solução que é, do nosso ponto de vista, a que melhor protege os contribuintes", assegurou Passos Coelho, que garantiu não mudar o que tinha dito, esclarecendo que disse "uma coisa que é óbvia": se o Novo Banco for vendido abaixo do valor que recebeu do Fundo de Resolução esse custo pode ter de ser suportado pela CGD.

Se houver perdas que tenham de ser acomodadas no resultado da operação, essas perdas terão de ser suportadas pelo sistema financeiro", disse o primeiro-ministro, admitindo que "também se repercutirão na CGD".

Passos quis, porém, ressalvar que a Caixa já teve de acomodar perdas resultantes de operações levadas a cabo "por governos anteriores".

"Em seis anos seis vezes os contribuintes foram chamados a pagar os prejuízos de seis bancos", atacou Catarina Martins, que considera que "quem paga manda, se o Estado paga, tem de mandar".

Uma posição atacada por Passos, que considera uma contradição a posição do BE, já que considerou que "quanto maior intervenção do Estado-maior exposição dos contribuintes".

margarida.davim@sol.pt