Suzane von Richthofen: A assassina ‘betinha’ abriu mão da herança dos pais que matou

É um dos casos que mais chocaram o Brasil, e que agora conhece novos desenvolvimentos. Suzane von Richthofen, a menina de boas famílias que, em 2002, aos 18 anos, assassinou os pais, abdicou da herança multimilionária que a aguardava quando saísse da prisão.

Suzane, actualmente com 30 anos, cumpre uma pena de 39 pelo homicídio cometido com a ajuda do então namorado e do irmão deste. O trio agrediu o casal Von Richthofen com barras de ferro enquanto as vítimas dormiam, simulando depois um roubo à residência de luxo em São Paulo e alertando a polícia para o que diziam ter sido um assalto. As autoridades identificaram múltiplas incongruências nos testemunhos dos suspeitos, e a justiça acabou por condenar os três jovens pelo crime.

Entre os motivos para o homicídio estava o facto dos pais não aprovarem o namoro de Suzane com o seu cúmplice e o interesse dos suspeitos na herança que o casal Von Richthofen deixaria para a filha.

Rica, fotogénica, boa estudante e aluna de ballet, o perfil de Suzane não encaixava no estereótipo associado no Brasil a um crime de tamanha violência, o que acabou por gerar um grande interesse da opinião pública naquele caso. Isso, e o facto da parricida ter ficado habilitada a receber cerca de 17 milhões de dólares em bens e em dinheiro vivo que os pais tinham deixado no Brasil, incluindo a casa onde o crime aconteceu, e na Suíça.

Agora, Suzane manifestou através de um documento oficial a intenção de não reclamar a sua parte da herança, deixando-a na totalidade para o irmão Andreas, que não a visita na prisão desde 2006. Tudo porque quererá tentar a reconciliação com o último membro sobrevivente daquela abastada família de ascendência alemã.

Também no fim-de-semana, a Globo noticiou outra decisão de Suzane: recusar a transição para uma detenção em regime semi-aberto, que tinha conquistado por bom comportamento na prisão. Supostamente, por razões de segurança. A homicida teme ser vítima a ira generalizada de que é alvo.

Estes desenvolvimentos coincidem ainda com a dispensa do advogado Denivaldo Barni, que Suzane acusa de má conduta pessoal e profissional.