Empresa portuguesa cria tecnologia touch para televisões

Uma empresa de Braga lança na sexta-feira uma tecnologia que vai tornar possível a existência de “touch” em grandes superfícies e que já despertou o interesse das grandes construtoras mundiais de televisões, foi hoje anunciado.

Em comunicado, com sede em Braga e criada a partir de uma equipa de alunos da Universidade do Minho, explica que tecnologia em questão, designada "Skin Ultra", permite uma performance idêntica à dos dispositivos móveis, pelo que, no fundo, possibilita a criação de "mega tablets".

Trata-se de uma tecnologia em película para ser colada por trás do vidro da televisão, para que esta passe a ser "touch".

"A grande diferença deste produto em relação à tecnologia touchscreen que já existia em grandes ecrãs está na resolução 3 vezes superior, no tipo de material condutor, na arquitectura electrónica e na componente de software, ou seja, nos algoritmos que estão por trás de todo o processo", acrescenta o comunicado.

Segundo o documento, o "Skin Ultra" permite que se conjuguem 100 toques em simultâneo, a uma velocidade de 5 milissegundos.

Vai estar disponível em 5 tamanhos diferentes — 40, 42, 47, 50 e 55 polegadas.

O lançamento mundial vai acontecer na sexta-feira, em Braga, num evento em que deverão marcar presença as grandes construtoras asiáticas de televisão, como a Samsung, a LG, a NEC ou a Panasonic.

A partir de 5 de Janeiro de 2015, o "Skin Ultra" vai estar em demonstração na Consumer Electronics Shows (CES) Las Vegas, considerada a maior feira de tecnologia do mundo.

"O produto que estamos a desenvolver é uma espécie de híbrido. À televisão fomos buscar o tamanho e ao tablet o conceito touch", explicou Miguel Fonseca, CEO da EDIGMA, citado no comunicado da empresa.

Com o "Skin Ultra", qualquer superfície, independentemente da dimensão, pode ser interativa, sendo que os primeiros modelos do produto vão ser aplicados em televisões, fruto do interesse das grandes construtoras mundiais em integrar aquela tecnologia nos seus LCD.

A empresa afirma estar a preparar-se para uma capacidade produtiva anual de centenas de milhares de unidades.

Com aquela tecnologia, espera quadruplicar, já em 2015, o volume de negócios actual.

Até 2020, a empresa estima que a facturação ultrapasse os 100 milhões de euros.

Lusa/SOL