Apple e Facebook pagam a funcionárias para congelarem os seus óvulos

Focar nas carreiras e adiar a maternidade com o congelamento de óvulos. É esse o objectivo proposto pelas duas gigantes companhias de Sillicon Valley, a Apple e o Facebook (a marca da maçã já começou recentemente a oferecer esse serviço, a rede social vai começar a partir de 1 de Janeiro). 

As duas marcas tornaram pública a medida que pretende ajudar as suas funcionárias e ambas as empresas estão dispostas a pagar até 20 mil dólares para ajudar a cobrir os custos do congelamento de óvulos das mulheres.

São as primeiras grandes companhias a oferecerem este serviço sem ser por razões médicas.

“Ter uma carreira de sucesso e crianças ainda é ainda algo difícil de conseguir”, defende Brigitte Adams à NBC. Para a defensora da criopreservação de ovócitos e fundadora do fórum Eggsurance.com, ao oferecerem-se para pagar, as empresas estão a investir nas mulheres e a apoiar que estas possam conduzir as suas vidas como elas entenderem.

“Ao congelar os óvulos, as mulheres podem adiar a maternidade até que estejam prontas, sem a pressão da idade”.

As empresas de tecnologia são conhecidas por terem pouca participação feminina. “Queremos dar poder às mulheres na Apple para fazerem o melhor no trabalho e, ao mesmo tempo, poderem criar as suas famílias”, explicou a empresa através de um comunicado à ABC News.

Para os defensores desta prática, isto traz equilíbrio no competição no trabalho entre homens e mulheres, quem liberta a mulher do relógio biológico. Mas os críticos dizem que esta medida só vem demonstrar a incompatibilidade com a maternidade demonstrada por algumas empresas.

Um estudo publicado nos EUA sobre fertilidade e esterilidade mostra que a maioria das mulheres que optaram pela criopreservação de ovócitos se mostraram mais competitivas no trabalho. Mas um outro da Universidade de Nova Iorque diz que das 183 mulheres que congelaram os seus óvulos, 19% afirmaram que teriam um filho mais cedo se o seu empregador fosse mais flexível.

Mas os benefícios no campo emocional e cultural podem compensar, diz Christy Jones, fundadora da Extend Fertility, uma empresa norte-americana que promove a preservação dos óvulos nos EUA. “Ajuda as mulheres a serem seres humanos mais produtivos”.

Os resultados de um outro estudo publicado em Agosto de 2013 pelo jornal “Fertility and Sterility” indicam que as hipóteses de ter um filho depois do congelamento dos óvulos em mulheres com 30 ou mais ano são menos de 25%.

SOL