Cavaco Silva

Veio colocar os pontos nos is, dizendo ser «um enorme disparate» a afirmação de que a comparticipação da CGD no fundo bancário de resolução do BES/Novo Banco iria recair sobre o Estado e os contribuintes. O Presidente corrigiu, assim, as declarações, imprecisas e despropositadas, do primeiro-ministro e da ministra das Finanças (que já disseram, sobre o tema, uma coisa e o seu contrário…). E apoiou institucionalmente a posição do governador do Banco de Portugal. Fez bem.

SOMBRA

Maria Luís Albuquerque

Este Orçamento para 2015 é feito, mais uma vez, para atingir os objectivos pelo lado da receita, e não por cortes estruturais na despesa (que até sobe 1%…). É tal a incapacidade de reduzir a despesa do Estado que a ministra admite mesmo subir o défice de 2,5% para 2,7%. Ao mesmo tempo, a receita fiscal em 2015 sobe mais 4,7%, a que acresce o expediente quase caricato de remeter para o Governo seguinte a eventual devolução em 2016 da sobretaxa. A juntar a tudo isto, ainda viu as suas declarações sobre a CGD serem corrigidas pelo Presidente da República.

Paulo Portas

É o derrotado, óbvio e público, do resultado final do OE para 2015. Passos impediu a descida da sobretaxa do IRS, que o CDS arvorara como sua bandeira, e não lhe permitiu que triunfasse a estratégia de os centristas aparecerem como os 'parceiros bons' da coligação, os únicos protectores dos pobres contribuintes… A falta de lealdade institucional também se paga caro. Como percebeu.

jal@sol.pt