O acordo foi atingido após oito horas de negociações sobre a Energia e Clima, numa cimeira ontem realizada e que terminou já de madrugada em Bruxelas.
Subir para 27% da energia consumida a energia proveniente de renováveis e reduzir o consumo energético em pelo menos 27% são as outras duas metas fixadas na cimeira, que se prolonga hoje e da qual resultam as novas metas europeias relativas à política climática e energética na UE até 2030.
Portugal entrou para o encontro com a ameaça de bloquear o pacote do clima e energia, caso não fosse aprovada pelos Estados-membros um objectivo para interligações na rede eléctrica, que possibilitem ao país exportar energia renovável para o resto da Europa.
“Se queremos um mercado interno de energia, esse mercado não pode terminar nos Pirenéus”, disse o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Moreira da Silva. As exigências do Governo português foram satisfeitas pelos outros Estados-membros, que aceitaram desenvolver o mercado de transferência de energia entre países, estabelecendo uma meta de 15% para as interligações energéticas.
A Europa é responsável por um décimo das emissões de gases com efeito de estufa do mundo e cumpriu já a meta de reduzir as suas emissões em 20% até 2020.
Os especialistas europeus em clima insistem, contudo, que é necessário reduzir as emissões de gases em 80% até 2050.