Corrupção domina último frente-a-frente entre Dilma e Aécio

Dilma Rousseff e Aécio Neves encontraram-se ontem para o último debate antes das eleições deste domingo. O encontro promovido pela TV Globo foi dividido em quatro blocos: dois de confronto directo e dois para perguntas de eleitores indecisos que assistiram ai debate no estúdio. O tema mais debatido, e que serviu para a troca de…

Corrupção domina último frente-a-frente entre Dilma e Aécio

A candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) que tenta a reeleição garantiu diversas vezes que está empenhada no combate à corrupção e lembrou que, como prova disso mesmo, mandou investigar as suspeitas de um escândalo de corrupção que recaem sobre a Petrobras reveladas durante a campanha eleitoral. Lembrou ainda os casos de corrupção revelados durante os mandatos do PSDB de Aécio Neves, seu adversário, no estado de Minas Gerais, que governou, e nos tempos de Fernando Henrique Cardoso, ex-Presidente da República, para referir que todos os suspeitos estão soltos e não foram parar à prisão. 

Na resposta, Aécio Neves, afirmou que “a melhor medida para acabar com a corrupção é tirar o PT do governo”. O candidato do PSDB foi o primeiro a usar da palavra no debate e não perdeu tempo em trazer para o frente-a-frente a capa da revista Veja desta semana que dá conta de que Dilma e Lula da Silva, seu antecessor, sabiam do desvio de fundos da petrolífera brasileira para alegado financiamento ilegal de partidos. “A senhora sabia da corrupção na Petrobras?”, questionou Aécio. 

A candidata à reeleição, na resposta, começou por notar que “essa revista (Veja) faz sistemática oposição a mim, fez uma calúnia e uma difamação. Eles não apresentam nenhuma prova da acusação que fazem. É um golpe eleitoral em final de campanha. Irei apresentar queixa na Justiça e o povo brasileiro irá mostrar indignação no domingo”, respondeu a ainda Presidente do Brasil. 

Depois de duas semanas de empate técnico nas sondagens, Dilma Rousseff isolou-se esta semana nas intenções de voto dos brasileiros (48% contra 42%). 

Amanhã votam 143 milhões de eleitores para escolherem o nome que irá liderar o país nos próximos quatro anos a partir do Palácio do Planalto, em Brasília.