Como ensinar uma criança a comer bem… com contos de fadas ‘à mistura’

Utilizemos então a matemática para explicar a ideia geral deste texto: ciências + alimentação + contos de fadas = crianças a aprender a comer bem… de uma forma divertida.

Foi isto que Vanessa Costa imaginou quando criou a NutriCientistas, uma empresa que tem apenas um objectivo: “contar histórias às crianças, utilizando experiências científicas para descobrir o poder dos alimentos.”

Vanessa, a única pessoa que trabalha na NutriCientistas – sendo assim responsável pela parte “comercial, concepção das histórias, desenvolvimento e investigação de novas experiências” -, realiza workshops em salas de aula e, durante mais de uma hora, deixa as crianças ‘vidradas’ nas suas experiências.

“Conto uma história conhecida e ao mesmo tempo realizo com as crianças várias actividades e experiências divertidas – sempre com alimento. Uso dos mais conhecidos aos mais estranhos, mas o que pretendo é incutir noções de hábitos alimentares saudáveis e o gosto pela ciência”, explicou ao SOL

– Como se faz esparguete às cores?
– O que continha a maçã que a bruxa má deu a trincar à Branca de Neve?
– Como se fazem os rebuçados explosivos que a Rapunzel ofereceu?

Estas são apenas algumas das ideias que Vanessa arranjou para pôr as crianças a aprenderem um bocadinho mais sobre ciência… e a comerem como deve ser.

“A grande maioria das experiências são feitas com alimentos, mas algumas delas são feitas a partir da gastronomia molecular, o que lhes permite modificar a textura de alimentos que conhecem (sumos, iogurtes, etc) e experimentá-los de forma diferente e divertida”, explica Vanessa. “Noutras experiências usamos os alimentos para fazer reacções químicas, conhecer as suas propriedades e descobrir que os líquidos não são todos iguais”, acrescenta.

Ao mesmo tempo, esta mulher, formada em Engenharia Alimentar e mestre em Ciências Gastronómicas, consegue incutir nas crianças novos hábitos alimentares: 

“- Temos sempre que provar os alimentos antes de dizer que não gostamos, pois o sabor é percepcionado pela nossa boca e não pelos olhos; 
– A importância de tomar sempre o pequeno-almoço; 
– As “regras” para uma alimentação saudável; 
– A importância de comer frutas e vegetais todos os dias, os poderes que os vários alimentos nos dão e o porquê de termos que comer mais de uns e outros.”

Os workshops – que podem ser realizados em salas de aula, mas também em festas de anos –  destinam-se a crianças dos 3 aos 10 anos. Têm a duração de cerca de 75 minutos e são dirigidos a grupos até 25 crianças. Se quiser saber mais sobre o projecto, clique aqui.

joana.alves@sol.pt