Sem resultados oficiais, o Nidaa Tounes de Beji Caid Essebsi, que aos 87 anos tem no currículo o facto de ter sido ministro tanto de Ben Ali como do seu antecessor Habid Bourguiba mas também o de ter sido a escolha para primeiro líder do Governo transitório após a revolução de 2011, poderá alcançar mais de 80 dos 217 assentos parlamentares.
Em segundo lugar surge a formação tida como favorita, a dos islamistas moderados do Ennahda, que poderão eleger 67 deputados, ainda segundo a fonte partidária que falou com a Reuters.
Um resultado que pode dificultar a formação de uma coligação maioritária, pois Essebsi deixou duras críticas ao anterior Governo do Ennahda, formado após as eleições para a Assembleia Constituinte, responsabilizando-o pela violência crescente do país e pela incapacidade de combater uma crise económica herdada da ditadura.
O Ennahda tinha prometido um Governo de unidade nacional em caso de vitória, mas agora cabe aos dirigentes do Nidaa Tounes escolherem os parceiros para uma futura aliança entre os vários partidos seculares e islamistas que também garantiram lugar no Parlamento.
O voto de domingo ficou marcado pela alta participação dos tunisinos, com a formação de longa filas em mesas de voto de todo o país a levarem os analistas a anteciparem uma abstenção inferior a 40%. Segundo os observadores presentes, não foram registados episódios de violência durante a votação, apesar das ameaças dos dias anteriores.
Os primeiros resultados, ainda preliminares, deverão ser anunciados ainda esta segunda-feira.
