Suzane von Richthofen casa com sequestradora na prisão

Novidades na novela criminal que chocou o Brasil. Suzane von Richthofen, a menina de boas famílias que, em 2002, aos 18 anos, assassinou os pais por uma herança milionária, casou com uma companheira de prisão. 

A união aconteceu em Setembro mas só agora foi noticiada. Suzane casou com Sandra Regina Gomes, uma mulher condenada a 27 anos de prisão por sequestrar uma empresária. Sandra tinha estado anteriormente casada com outra reclusa mediática, Elise Matsunaga, presa por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga em 2012.

Por estarem casadas, Suzane e Sandra têm agora direito a partilhar uma cela numa área mais reservada da prisão de Tremembé, no interior do estado de São Paulo.

Suzane, actualmente com 30 anos, cumpre uma pena de 39 pelo homicídio cometido com a ajuda do então namorado e do irmão deste. O trio agrediu o casal Von Richthofen com barras de ferro enquanto as vítimas dormiam, simulando depois um roubo à residência de luxo em São Paulo e alertando a polícia para o que diziam ter sido um assalto. As autoridades identificaram múltiplas incongruências nos testemunhos dos suspeitos, e a justiça acabou por condenar os três jovens pelo crime.

Entre os motivos para o homicídio estava o facto dos pais não aprovarem o namoro de Suzane com o seu cúmplice e o interesse dos suspeitos na herança que o casal Von Richthofen deixaria para a filha.

Rica, fotogénica, boa estudante e aluna de ballet, o perfil de Suzane não encaixava no estereótipo associado no Brasil a um crime de tamanha violência, o que acabou por gerar um grande interesse da opinião pública naquele caso. Isso, e o facto da parricida ter ficado habilitada a receber cerca de 17 milhões de dólares em bens e em dinheiro vivo que os pais tinham deixado no Brasil, incluindo a casa onde o crime aconteceu, e na Suíça.

Recentemente, Suzane manifestou através de um documento oficial a intenção de não reclamar a sua parte da herança, deixando-a na totalidade para o irmão Andreas, que não a visita na prisão desde 2006. Tudo porque quererá tentar a reconciliação com o último membro sobrevivente daquela abastada família de ascendência alemã.