Gangue do Minho ‘apostava’ em juntas de freguesia

A ‘Operação Cofre’, hoje desencadeada pela PSP, desmantelou o chamado Gangue do Minho, que apostava em assaltar juntas de freguesia no Minho, além de residências no Gerês e noutras localidades do distrito de Braga. Foram feitas 12 detenções (uma mulher e onze homens) e 26 buscas em Braga, Barcelos, Guimarães, Porto e Vila Nova de…

Há pelo menos cinco assaltos em edifícios de juntas de freguesia no Minho, nas zonas de Vila Verde, de Amares e do Gerês, que foram as mais atacadas pelo grupo, bem como Vila Nova de Famalicão.

A investigação da PSP do Porto e de Braga incluiu durante quase um ano e meio escutas telefónicas, vigilâncias e seguimentos aos principais suspeitos, segundo soube já hoje o SOL junto de fontes ligadas ao processo.

Os 12 detidos estão desde a tarde de hoje a ser interrogados no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, para a aplicação das respectivas medidas de coacção, segundo o SOL constatou naquelas instalações judiciais.

O Comando Metropolitano do Porto da PSP, com o apoio do Comando Distrital da PSP de Braga, desenvolveu na quarta-feira a ‘Operação Cofre’ devido a cerca de 35 assaltos na região do Minho e do Douro Litoral.

A Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, em colaboração com o Comando Distrital de Braga e com o apoio da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia e o seu Grupo Operacional Cinotécnico, avançou para a “Operação Cofre”.

A operação decorreu durante todo o dia de ontem “e teve grande envergadura, que visou um conjunto alargado de indivíduos que de uma forma organizada se dedicavam à prática reiterada de furtos no interior de residências, estabelecimentos e organismos públicos, nas áreas do Minho e Douro Litoral”.

Segundo fontes da PSP, “a investigação, iniciada durante o mês de Março de 2013, sob a direção do DIAP do Porto, contemplou a realização de 20 buscas domiciliárias e seis buscas não domiciliárias nas áreas de Braga, Barcelos, Guimarães, Porto e Vila Nova de Gaia”.

A PSP destacou que “para além das detenções de 12 indivíduos, dos quais onze são homens e uma mulher, com idades entre os 25 e os 73 anos de idade”, registaram-se avultadas apreensões de material furtado e de objectos usados para fazer os assaltos ao longo de mais de um ano e meio.

Ainda segundo fontes policiais, a operação permitiu “apreender ainda descodificadores para abertura de fechaduras electrónicas, ferramentas diversas, diversos conjuntos profissionais de gazuas, próprios para a abertura de fechaduras”.

Nas buscas foi também confiscado “um veículo ligeiro de mercadorias adaptado para a realização de vigilâncias, quatro automóveis ligeiros de passageiros, seis armas de fogo – das quais quatro pistolas e duas espingardas) – e oito armas brancas”.

Foi ainda “apreendida a quantia de cerca de três mil euros, 74 peças de joalharia, haxixe suficiente para a feitura de cerca de 870 doses individuais, 11 computadores portáteis, 64 telemóveis, diversos aparelhos de televisão (LCD’S), 20 pares de gorros e luvas” de acordo com os números finais divulgados esta tarde pela PSP do Porto.