Numa conferência de imprensa esta terça-feira, em Lisboa, o presidente da JLR para a Península Ibérica, Luis Antonio Ruiz, afirmou que as vendas de automóveis em Portugal vão superar as previsões da ACAP, que davam conta recentemente de um aumento de 5% a 6%, para cerca de 151 mil unidades. A JLR acredita que vão ser “muito maiores do que isso”, principalmente tendo em conta “a melhoria da economia em Portugal”.
A empresa que junta os automóveis de gama alta da Jaguar e os veículos todo-o-terreno da Land Rover tem como objectivo atingir, até 2020, um milhão de unidades vendidas por ano, mais do que duplicando os resultados actuais. Em 2013 a JLR vendeu 425 mil veículos, 348 mil eram da Land Rover e 77 mil da Jaguar.
Para Portugal os responsáveis da marca são mais cautelosos, prevendo que as vendas de ambas as marcas não dupliquem no geral, mas atinjam picos elevados frequentemente, graças ao lançamento de novos modelos Jaguar em Land Rover. No entanto, a empresa espera atingir as 1.000 unidades no próximo ano em Portugal graças a dois novos modelos.
Foi precisamente isso que os dirigentes ibéricos da JLR vieram apresentar a Lisboa: o novo Jaguar XE e o novo Land Rover Discovery Sport. No caso do XE, trata-se de um familiar compacto, de gama alta mas que, graças a uma aposta em motores compactos e eficientes, oferece um preço-base competitivo. É o primeiro veículo do segmento com carroçaria quase totalmente em alumínio (75%), é o primeiro Jaguar a baixar dos 100 gramas de emissões poluentes (99) e volta a introduzir uma componente que estava afastada da marca há uns anos – uma caixa manual de 6 velocidades.
No caso do Discovery Sport, que se posiciona entre o Range Rover Evoque e o Land Rover Discovery, é um SUV compacto mas versátil, podendo albergar 7 passageiros. Uma particularidade interessante é que inclui um airbag para peões. No caso de embate ou atropelamento, o airbag abre-se entre o capô e o vidro, impedindo que a pessoa atingida choque directamente com o pára-brisas. Tal como o Evoque, vai ser um 4X4 que paga classe 2 nas portagens, mas vai ter uma versão base no próximo ano, sem tracção integral, que fica taxada como classe 1.
