No segundo trimestre, a taxa de desemprego caiu para os 13,9%, o que representou uma queda homóloga de 2,5 pontos percentuais e um recuo de 1,2 pontos face ao trimestre anterior, anunciou o INE em Agosto.
Analistas contactados pela Lusa estimam uma nova descida da taxa de desemprego de 13,9% no segundo semestre para 13,8% no terceiro trimestre, justificada por uma melhoria ligeira da economia, do mercado de trabalho e da confiança dos agentes económicos e também pelo "recuo da população activa".
Num comentário à agência Lusa, a economista do departamento de Estudos Económicos e Financeiros do banco BPI Paula Carvalho disse que o "terceiro trimestre tem tipicamente uma sazonalidade desfavorável" que, admitiu, "poderá ser agravada pelo episódio de resolução do BES, com eventual impacto no adiamento de decisões de contratação".
Também o presidente da IMF — Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, recordou que o desemprego "é um indicador desfasado da evolução do Produto Interno Bruto (PIB)" e que, por isso, "não deverá ainda registar o impacto da desaceleração económica que está a ocorrer na zona euro".
"A taxa de desemprego poderá continuar a descer, mas será muito difícil regressar aos níveis registados antes da crise, dadas as alterações estruturais que ocorreram", afirmou.
Lusa/SOL