Internacional

O muro que separava Berlim está em pedaços pelo mundo

Durante 28 anos transformou Berlim Ocidental numa ilha. Agora, 25 anos depois, já quase desapareceu da cidade reunificada.

Berlim AP Photo-Markus Schreiber
Austrália EPA-LUKAS COCH
Berlim AP Photo-Markus Schreiber
Cidade do Cabo EPA-NIC BOTHMA
Em Berlim AP Photo-Markus Schreiber
Estrasburgo EPA-PATRICK SEEGER
Israel EPA-OLIVER WEIKEN
Londres EPA-ANDY RAIN
Luxemburgo EPA-NICOLAS BOUVY
Nova Iorque EPA-ANDREW GOMBERT
Paris EPA-IAN LANGSDON
Seul EPA-JEON HEON-KYUN

Mas os poucos pedaços que restam são poderosas recordações das divisões ideológicas da Guerra Fria.

Pelo Mundo, em mais de 40 países, estão cerca de 120 pedaços do Muro: desde o Reino Unido à África do Sul, passando pelos Estados Unidos da América.

Um deles está à porta da Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, na Califórnia. Foi dado ao na altura Presidente norte-americano pela sua “inabalável dedicação ao humanitarismo e liberdade”, que exprimiu em 1987, em Berlim, quando se dirigiu ao último líder soviético: “Sr. Gorbachov, derrube este muro!”. 

Outro fragmento está em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, com um graffiti de alguém a escalar o Muro numa busca de liberdade.

Na Cidade do Cabo está outra secção deste Muro da Vergonha, perto da Fundação Mandela Rhodes, organização dedicada ao homem que teve papel fundamental no derrube do sistema de apartheid sul-africano e, mais tarde, se tornou o primeiro Presidente negro da África do Sul. 

E em Londres, está outro bocado junto do Museu Imperial da Guerra, exortando quem passa a “mudar de vida”.

Além destas grandes peças, centenas de pequenos pedaços do Muro de Berlim estão presentes por todo o Mundo, em colecções públicas e privadas. Muitos foram recolhidos por caçadores de troféus, conhecidos como ‘Mauerspechte’ (‘Pica-paredes’) que estilhaçaram esta barreira de cimento depois da revolução pacífica de 1989, de que este domingo se assinalam 25 anos.

AP/ SOL