O número de agências em Portugal será reduzido a menos de metade: têm actualmente 81, vão fechar 43, restarão 38. No número de trabalhadores a redução não será tão drástica, mas ainda assim será importante: de 750 trabalhadores, o número será reduzido para 573, o que implica 177 despedimentos.
A redução da actividade deste banco em Portugal é uma tentativa de reduzir os prejuízos que a operação portuguesa tem acumulado.
Ainda assim, é uma má notícia, por duas razões.
A primeira é que não interessa a Portugal ter empresas estrangeiras a reduzirem a sua actividade por cá, ou mesmo a abandonarem o país. Pelo contrário, Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, gerador de valor e de postos de trabalho.
A segunda razão é que, em teoria, o BBVA era um bom candidato à compra do Novo Banco. A rede de balcões do BBVA não é muito extensa, pelo que o número de agências a fechar após a compra, para evitar sobreposições e distorções à concorrência, seria reduzida.
Se comprasse o Novo Banco, o BBVA saltaria de um dia para o outro para um dos primeiros lugares da banca nacional. Assim, é um forte concorrente que se afasta.
Isto significa, também, que há agora menos hipóteses de termos um leilão competitivo pela compra do Novo Banco. Logo, há menos hipóteses de a receita da venda cobrir os custos. E isso, claro, é uma pena.
