Segundo dados recentemente divulgados, nos primeiros nove meses deste ano foram assinadas 40 escrituras, mais do que em todo o ano de 2013 (39). Se se contabilizar também os contratos de promessa de compra e venda de imóveis no resort e as reservas, foram comercializadas 64 unidades até Setembro, quase tantas como o total do ano passado (67).
Contas feitas, nesse período, o volume de negócios gerado pela área de resorts, assente na venda de casas em Tróia, cresceu para 30,93 milhões de euros – mais 116% do que até Setembro de 2013. Olhando apenas para o terceiro trimestre, a Sonae Capital evidencia que alcançou um dos melhores registos de sempre, com um aumento de 40,1% nos proveitos, que ascenderam a 13,5 milhões de euros.
E qual é a explicação? Há muitos investidores estrangeiros interessados em obter o visto gold que estão a apostar neste projecto, indica o director-geral do Troiaresort, João Madeira. Além disso, estes imóveis têm um rendimento garantido quando cedidos à exploração pela Sonae.
À semelhança do que acontece na Grande Lisboa e no Algarve, os chineses foram os principais compradores. Mas também há indianos, árabes e europeus.
“Os investidores dos mercados mais tradicionais, como o inglês, francês e escandinavo, estão a mostrar alguma retoma e iniciativa na procura. Estamos com expectativa que possam trazer boas novidades em Tróia”, detalha.
E sublinha que “até ao final do ano prevê-se manter o ritmo alcançado até Setembro, com o último trimestre em linha com os anteriores”. Por isso, este “será provavelmente o segundo melhor ano em Tróia”, acredita. O melhor até agora foi 2008, ainda antes de a crise rebentar e quando o resort acabara de chegar ao mercado, beneficiando por isso do factor 'novidade'. Já em 2013 começou a sentir a retoma no imobiliário e 2014 deve superar.
Objectivo para 2015 cumpridos este ano
Também na hotelaria e nos apartamentos turísticos os resultados mostram um crescimento na ocupação do Troiaresort, que inclui o complexo de aparthotéis Aqualuz, apartamentos turísticos, marina, casino e centro de eventos.
“Em Outubro, superámos os 160 mil clientes, que era um objectivo para 2015”, assegura João Madeira.
No total, houve mais 20% de clientes, com subidas tanto na procura de portugueses como de estrangeiros, embora o mercado internacional tenha aumentado mais.
Franceses, espanhóis e escandinavos – estes atraídos pelo golfe – são os principais públicos externos no complexo da península de Setúbal. “Pela primeira vez, vamos ultrapassar os 35% de hóspedes estrangeiros”, adianta o director-geral.
