Esterilização em massa mata 13 mulheres na índia

Treze mulheres perderam a vida e várias dezenas tiverem de ser hospitalizadas no centro da índia após um programa de esterilização em massa, organizado pelo Estado.

Esterilização em massa mata 13 mulheres na índia

As autoridades estatais de Chhattisgarh estão a investigar se existiu negligência médica durante o procedimento, já que cerca de 64 mulheres registaram complicações (vómitos e problemas de tensão) após a cirurgia para laquear as trompas. E pelo menos 24 estão em estado grave, confirmou Sonmani Borah, um responsável administrativo indiano, à AFP.

Segundo a BBC, 83 mulheres terão sido operadas em apenas seis horas por um único médico, no último fim-de-semana.

Quatro responsáveis clínicos já foram suspensos e detidos para interrogatório pelo governo de Chhattisgarh.

Os habitantes do distrito de Bilaspur, onde se registaram os incidentes, não escondem a revolta com o caso: “Foram operadas e depois abandonadas, num lugar desolado, sem qualquer tipo de instalações”, contou uma testemunha.

“É um incidente muito infeliz”, lamentou o primeiro-ministro Raman Singh, após visitar algumas das vítimas hospitalizadas. “Parece que o incidente foi causado por negligência. Vai ser conduzida uma investigação profunda que vai ter em atenção todos os ângulos, incluindo a qualidade dos remédios no recinto, o procedimento da cirurgia, as medidas pós-operatórias e outros”, explicou Raman Singh ao jornal Hindustan Times.

Recorde-se que o controlo populacional tem sido uma medida 'habitual' na índia, um dos países mais populosos do mundo (cerca de 1,24 mil milhões de pessoas).