Banif cortou 226 postos de trabalho e fechou 44 agências até Setembro

O Banif reduziu o seu quadro de pessoal em 226 funcionários e encerrou 44 balcões durante os primeiros nove meses do ano, prevendo fechar mais 28 agências até ao final de 2014, revelou hoje o banco liderado por Jorge Tomé.

Banif cortou 226 postos de trabalho e fechou 44 agências até Setembro

Assim, no final de Setembro, o Banif contava com 251 balcões e 2.093 trabalhadores no mercado doméstico.

Em meados de Março, o Banif tinha anunciado que ia avançar com um programa de rescisões amigáveis, abrangendo até 300 colaboradores e o encerramento de 60 agências em Portugal durante o presente ano.

Face aos números hoje divulgados, no âmbito da apresentação das contas do Banif relativas aos primeiros nove meses do ano, no que toca à redução da rede doméstica, a meta inicialmente definida será ultrapassada (e o banco vai encerrar um total de 72 balcões em 2014).

Já no Banif Brasil a redução da capacidade instalada e do quadro de pessoal foi ainda mais significativa.

Após a integração operacional do banco comercial e do banco de investimento detidos naquele país sul-americano, o Banif passou a contar com uma rede de distribuição de apenas duas agências em Setembro de 2014, quando tinha 19 balcões no final de 2012, segundo os números fornecidos pela instituição.

Ao nível dos trabalhadores, a redução foi de 233 colaboradores em Dezembro de 2012 para 127 em Setembro último.

Tal como fez no caso das agências, também o número de trabalhadores relativo ao final do ano passado não foi divulgado, pelo que não é possível apurar quais as reduções feitas unicamente durante os primeiros nove meses deste ano.

Quanto ao Banif Malta e ao Banco Cabo-verdiano de Negócios, detidos pelo grupo financeiro português, os únicos dados disponíveis relativamente à rede e ao quadro de pessoal revelam a abertura de dois balcões em Malta.

Já em termos de resultados, o Banif Malta apurou um lucro de 731 mil euros e, em Cabo Verde, a operação do Banif registou um lucro de um milhão de euros.

No Brasil, está em curso um processo de restruturação que permitiu, segundo o Banif, "poupanças significativas de custos".

Certo é que o banco liderado por Jorge Tomé integra estas três operações internacionais nas "unidades operacionais descontinuadas", cujo resultado totalizou um prejuízo global de 59,3 milhões de euros, logo, é possível concluir que a 'fatia de leão' deverá ser proveniente do Brasil.

Ainda assim, houve uma melhoria ao nível do resultado registado nestas operações, já que, entre Janeiro e Setembro de 2013, o prejuízo tinha ascendido a 78,8 milhões de euros.

"Esta evolução positiva reflecte o impacto das iniciativas operacionais implementadas nestas unidades de negócio", justificou o Banif.

Lusa/SOL