O modelo matemático que a equipa da DGS tem usado para calcular os efeitos do surto aponta que o número de vítimas mortais poderá por isso crescer para além das 7 registadas, sendo certo que dos 308 infectados, 44 estão em estado grave e internados em unidades de cuidados intensivos.
Destes doentes, 27 estão a respirar com a ajuda de ventiladores.
Até agora, os dois maiores surtos conhecidos, que ocorreram no Japão e no Reino Unido em 2002, tinham registado ambos 7 mortos.
O modelo matemático usado para compreender o surto calcula que o primeiro caso de infecção tenha acontecido a 21 de Outubro, com a maioria dos casos a serem infectados entre 23 daquele mês e 1 de Novembro.
O director-geral da Saúde diz que a dimensão do surto deve-se a uma “conjugação rara de factores ambientais”. Por um lado, uma elevada concentração de bactérias em torres de arrefecimento e condições climatéricas que favoreceram a dispersão da bactéria, empurradas por ventos de nordeste. Estas sobreviveram no ar porque havia níveis de humidade anormais, que chegaram aos 80 a 90%.
As autoridades estimam que a partir de 17 de Novembro, a próxima segunda-feira, não surjam novos casos.