Cinco senadores na grelha de partida para as presidenciais do PS

Poucos socialistas arriscam lançar nomes para substituir o “candidato desejado”. Mais fácil é encontrar quem diga que não será problema substituir Guterres. “O PS sempre teve uma enorme inflação de candidatos”, garante José Magalhães. Mas entre os que ensaiam soluções de recurso, Carlos César e Ferro Rodrigues são os nomes mais repetidos.   

O estatuto do ex-líder do governo açoriano é comparado a António Costa ou a Pedro Silva Pereira nos tempos de Sócrates. E César começa a ganhar palco. “Costa dá a César o que ele quiser. Eles são muito amigos. Mas só o vejo em Belém ou como vice-primeiro-ministro, se o PS ganhar com maioria as Legislativas”, ensaia fonte do PS ao SOL.

Ferro Rodrigues, por seu turno, tem outros trunfos. Da ala esquerda do PS, a sua candidatura teria maior capacidade para congregar apoio do PCP e do BE. Mesmo sendo um sério candidato a Presidente da Assembleia da República, se o PS vencer as eleições em 2015, nada impede Costa de fazer avançar Ferro para Belém no ano seguinte. 

Maria de Belém, António Vitorino e Jaime Gama são outros senadores da lista de reservas. Esta semana, Gama ganhou um apoio público de peso. Francisco Seixas da Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus e administrador do grupo Jerónimo Martins, instou a liderança do PS a “encarar tempestivamente uma solução com vocação vencedora” –  Jaime Gama. Um nome “indiscutível”, capaz de uma “candidatura presidencial de altíssima craveira”. 

Ontem, o deputado Sérgio Sousa Pinto disse ao Observador que Gama é “um bom candidato”.

ricardo.rego@sol.pt