"Nas próximas horas vou levantar diversas restrições sobre o porte de armas", afirmou o ministro da Segurança Interna, Yitzhak Aharonovich.
De acordo com o mesmo responsável, a medida abrange os israelitas detentores de uma licença de porte de arma — incluindo os oficiais do exército que se encontrem fora de serviço –, e ainda "os seguranças de escolas ou jardins-de-infância", que poderão levar as suas armas para casa.
O ministro também anunciou um "reforço dos controlos de entradas e saídas para isolar" diversos bairros de Jerusalém-Leste, a parte palestiniana ocupada e anexada por Israel.
De acordo com a agência noticiosa AFP, a polícia bloqueou a entrada principal do bairro de Jabel Mukabber em Jerusalém Leste, onde habitavam os dois palestinianos abatidos pela polícia após terem morto quatro israelitas numa sinagoga em Jerusalém-Oeste.
O ataque de hoje foi o mais mortífero desde há vários anos nesta cidade, que tem sido palco de confrontos quase diários nas últimas semanas. Segundo os serviços de emergência, oito israelitas também foram feridos durante o ataque e um permanece em estado crítico.
"Também vamos destruir as casas dos terroristas", prometeu ainda o ministro, uma medida controversa e suspenda há cerca de dez anos pelo exército, que a considerou contraproducente.
"E vou pedir a autorização do conselho jurídico do governo para proceder a detenções administrativas", acrescentou Aharonovich.
Estas sanções permitem deter um suspeito sem julgamento durante um período até seis meses, e podem ser renovadas indefinidamente.
"Vamos ainda reforçar os guardas fronteiriços e faremos apelos a voluntários para proteger as sinagogas", prosseguiu o ministro, que também apelou à população israelita para "estar vigilante ser paciente".
Lusa/SOL