Foi, em suma, um dia bom nos mercados.
A razão: um discurso do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, em que ele afirmou que o BCE está a estudar novas medidas para, “sem demora”, estimular a economia da zona-euro.
O BCE já tem em curso um programa de compra de créditos imobiliários detidos pelos bancos; a expectativa agora é que passe a comprar também dívida pública dos 18 países da zona euro. A compra dessa dívida fará subir o seu preço, permitindo aos bancos emprestar mais, e estimulando dessa forma a economia.
E as economias da zona euro bem que precisam de estímulos, pois os indicadores alertam que o crescimento, já de si fraco, está a desacelerar. A economia portuguesa contará em 2015 com alguns estímulos por força da entrada em vigor do orçamento de Estado, mas o ambiente externo não é dos mais favoráveis. Os 1,5% de crescimento do PIB previstos no orçamento de Estado parecem optimistas.
Voltando a Draghi e ao BCE, não há dúvidas que o italiano tem sido a força motriz por detrás da transformação do banco que dirige de uma instituição híper conservadora noutra mais preocupada com o crescimento económico. E se há algo que Portugal precisa como pão para a boca, para resolver os seus problemas económicos e sociais, é de por a economia a crescer.