Star Wars vítima de racismo

Passaram apenas três dias desde que foi divulgado o primeiro trailer do filme Star Wars VII e muita tinta correu já em todo o mundo. A polémica instalou-se pelo facto de uma das primeiras imagens ser a de um soldado stormtrooper negro, o actor inglês John Boyega, de 22 anos.

Nos 88 segundos do pequeno trailer não se percebe se Boyega é um stormtrooper no filme ou outra personagem disfarçada com um fato branco de soldado imperial, mas foi o suficiente para choverem as críticas. Muitos fãs não aceitaram o facto de haver um stormtrooper negro, uma vez que os soldados clones iniciais eram todos brancos, e criticaram o trailer nas redes sociais.

A resposta de John Boyega no Instagram foi curta e simples: “habituem-se”, sem revelar no entanto qual o seu papel no novo filme de George Lucas, realizado por J. J. Abrams.

Na verdade, já em episódios anteriores da saga havia recrutas humanos para soldados, pelo que, em teoria, qualquer ‘raça’ podia estar representada. Além disso, o sétimo filme decorre 30 anos depois dos acontecimentos de O Regresso do Jedi (1983), pelo que pouco ou nada se sabe sobre o que aconteceu entretanto.

Mudando para outra ‘galáxia’, o trailer divulgado na sexta-feira deu ainda origem a duas outras correntes. De um lado os que escrutinaram cada frame revelado, em busca de falhas. Uma deles parece estar na cena em que a jovem actriz Daisey Ridley arranca numa mota espacial. Primeiro tem uma arma de lado, depois já não tem; primeiro tem os óculos na testa, depois já estão sobre os olhos.

De outro lado surgiram trailers alternativos, a gozar com o filme ou com pormenores do mesmo. Um deles está também a fazer sucesso no YouTube, com perto de 2,5 milhões de visualizações (o oficial tem já perto de 50 milhões de cliques só em dois vídeos colocados). Trata-se de uma cópia do trailer oficial, mas feito usando apenas peças e bonecos Lego:

emanuel.costa@sol.pt