António Guterres diz que encontrou Sócrates ‘muito bem’

O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PS António Guterres fez hoje uma curta visita a José Sócrates, na prisão de Évora, afirmando apenas no final que encontrou “muito bem” o ex-chefe do Governo.

António Guterres diz que encontrou Sócrates ‘muito bem’

O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PS António Guterres fez hoje uma curta visita a José Sócrates, na prisão de Évora, afirmando apenas no final que encontrou "muito bem" o ex-chefe do Governo.

"Não vou fazer quaisquer declarações. Encontrei-o muito bem", limitou-se a dizer António Guterres, no final de uma visita de cerca de 20 minutos a José Sócrates.

António Guterres é, desde 2005, Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

José Sócrates recebeu também hoje à tarde a visita do antigo ministro e autarca socialista do Porto Fernando Gomes, que, no final, se mostrou "muito emocionado".

Foi "um encontro com uma emotividade enorme. Vou dizer-vos o que lhe disse quando sai: 'Eu vinha para o animar e, no fundo, foi ele que me animou a mim'", contou.

Fernando Gomes disse que José Sócrates está "determinado em provar a sua inocência", mas também "em levar por diante uma luta que transcende o seu próprio caso" para que "não se repita mais em Portugal".

O antigo ministro e autarca afirmou acreditar "profundamente na inocência" de José Sócrates e manifestou-se "convencidíssimo que ele vai conseguir provar a sua razão".

"Quero crer que, depois deste tempo em que ele vai passar na prisão, em prisão preventiva, nada mais vai ser igual neste domínio em Portugal", assinalou.

Gomes considerou ainda que este caso não vai ter "qualquer influência" no PS, realçando que o próprio José Sócrates "fez questão de separar as águas" no primeiro comunicado que fez a partir da prisão, o que demonstra "a sua qualidade intelectual".

O ex-primeiro-ministro José Sócrates está detido, em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Évora, indiciado de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

O ex-primeiro-ministro é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva.

[Actualizada às 17h55]

Lusa/SOL