Audição de Ricciardi adiada

A audição no parlamento do antigo presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado foi interrompida após cerca de seis horas e retoma pelas 15:15.

Audição de Ricciardi adiada

Salgado começou a ser ouvido cerca das 09:00 e pelas 14:45, quase seis horas depois, o presidente da comissão, Fernando Negrão, anunciou uma pausa de meia hora e o retomar dos trabalhos para as 15:15. 

Inicialmente prevista para as 15:00 estava a audição de José Maria Ricciardi, presidente do BESI, audição que, devido ao prolongar das declarações de Salgado, não arrancará nas próximas horas.

Após uma intervenção inicial de mais de uma hora, Salgado respondeu a uma primeira ronda de perguntas dos vários partidos, sendo que mais questões se seguirão após a pausa para almoço.

Na sala da comissão parlamentar e nos corredores da Assembleia da República estão hoje dezenas de jornalistas, incluindo repórteres de imagem, naquela que é inquestionavelmente a audição mais concorrida até ao momento na comissão sobre o caso BES e GES.

A comissão de inquérito arrancou a 17 de Novembro e tem um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos têm por intuito, por exemplo, "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

A 03 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

Lusa/SOL