Lisboa é a 23ª cidade europeia preferida por marcas internacionais

Lisboa é a 23.ª cidade europeia, num total de 57, preferida por marcas internacionais para abertura de lojas, o que traduz uma descida em relação ao ranking anterior realizado por uma consultora de imobiliário.

Segundo a informação hoje divulgada, a capital portuguesa está quatro lugares abaixo da anterior tabela, mas destaca-se entre os "mercados em crescimentos" no relatório Destination Europe 2015 (Destino Europa 2015).

"No que respeita aos retalhistas de luxo, especificamente, o grau de atractividade de Lisboa é idêntico ao do ano passado, com a cidade a ocupar novamente a 22.ª posição da tabela", lê-se no comunicado da consultora imobiliária JLL.

Patrícia Araújo, da consultora, notou que, apesar da ligeira descida relativamente ao relatório anterior, de há dois anos, tem havido um "interesse crescente por parte de retalhistas internacionais, o que se irá reflectir num maior número de aberturas de novas lojas ao longo do próximo ano".

"Falamos de marcas novas que querem entrar no mercado, mas também de marcas já com lojas em Portugal e que querem reforçar a sua presença. Estamos, por isso, optimistas relativamente à melhoria de Lisboa na próxima edição do ranking", disse a responsável.

A classificação é liderada por Londres, seguida por Paris, Moscovo, Milão e Madrid.

A localização europeia mais procurada pelas marcas de luxo é a Bond Street, na capital inglesa, segundo os dados hoje divulgados pela JLL, que indicou que os Estados Unidos da América ultrapassaram a Itália enquanto "maior exportador de marcas de retalho".

A zona londrina New Bond Street lidera as rendas de referência mais caras na Europa, ao apresentar valores de 12.300 euros por metro quadrado/ano, traduzindo um crescimento de 42% em relação a 2012.

Entre os retalhistas com maior expansão estão Michael Kors, Superdry, Cos e 7 For All Mankind, na categoria 'premium', enquanto as marcas de mercado de massas (mass market) de pronto-a-vestir Zara, H&M e Mango são as de "maior cobertura no mercado de retalho", com as duas primeiras a garantir presença nos 57 mercados analisados.

Outro responsável da consultora, James Dolphin, notou que a procura está aumentar "fora de mercados globais e maduros", como Moscovo, que "poderá igualar Paris, no que toca à presença de retalhistas internacionais".

Moscovo e Istambul são considerados mercados em transição e são as cidades que atraíram mais novas entradas nos últimos dois anos.

No futuro, prevê-se um "maior fluxo de marcas oriundas da região da Ásia-Pacifico a entrarem no mercado da Europa", com outro responsável, James Brown, a antecipar uma "rotatividade considerável das lojas no mercado Europeu".

"Regra geral, nos últimos dois anos, por cada duas lojas inauguradas houve outra que encerrou, com os retalhistas a procurarem formas de fazer com que as suas lojas trabalhem mais e sejam mais "inteligentes"", comentou o responsável.

Lusa/SOL