Pires de Lima reafirma que privatização da TAP é mesmo para avançar

O ministro da Economia, Pires de Lima, garantiu hoje que o processo de privatização da TAP vai avançar independentemente da posição da plataforma sindical da transportadora aérea sobre a greve marcada para o final de Dezembro.

Pires de Lima reafirma que privatização da TAP é mesmo para avançar

"Ficou bem claro perante os sindicatos que o Governo não vai abdicar dos seus poderes e que já decidiu sobre esta matéria. Lançámos o projecto de privatização e espero que desta vez o processo seja bem-sucedido", disse o ministro aos jornalistas, em Palmela, antes de ter sido divulgado o comunicado da plataforma de sindicatos.

"Outra coisa são as preocupações dos trabalhadores da TAP, relativamente a alguns interesses, dos sindicatos, das pessoas que trabalham na TAP. E é essa avaliação que nós mostrámos disponibilidade para fazer durante as próximas semanas, a tempo, perfeitamente a tempo, naquilo que considerarmos razoável, de incorporar no caderno de encargos da privatização", acrescentou o governante.

O ministro da Economia reafirmou ainda a convicção de que a privatização é a melhor opção para salvaguardar o futuro da TAP, porque a empresa precisa de "capital e flexibilidade laboral". 

A plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da TAP apresentou hoje ao Governo um memorando no qual propõe a suspensão do processo de privatização da companhia e da greve entre 27 e 30 de Dezembro.

"Na sequência da proposta do Governo para a criação de um grupo de trabalho, a plataforma de sindicatos apresentou ao Governo um memorando visando a suspensão do processo de reprivatização e da greve convocada para os dias 27 a 30 de Dezembro do corrente ano", informou a plataforma em comunicado enviado às redacções, sem acrescentar mais informações.

Pires de Lima falava aos jornalistas à margem da cerimónia de constituição da nova AISET, Associação da Indústria da Península de Setúbal, em Palmela, que representa as principais empresas do distrito de Setúbal, que têm uma facturação de cinco mil milhões de euros, em grande parte proveniente das exportações.

Lusa/SOL