Segundo o jornal Público espanhol, Smid tomou a decisão de sair do armário há alguns anos, quando deixou a organização que liderava, chamada Love in Action. Mas só agora decidiu tornar pública a sua decisão, juntamente com o anúncio do casamento. O ex-chefe do grupo declarava, emocionado, na rede social: “Na minha idade não tenho assim tanto tempo pela frente, por isso, não posso viver com esta mentira para o resto da vida”.
O Love in Action, ao qual presidiu de 1990 a 2008, tinha como função converter homossexuais ao ‘bom caminho’ usando para isso a palavra da Bíblia. A comunidade gay, para eles, espelha uma condição que “é uma arma de Satanás para destruir os indivíduos” e só “o poder de Deus pode vencer”. A seita, entretanto rebaptizada Restauration Path (‘caminho da restauração’) em 2010, tem outro líder mas mantém, inabalável, a sua cruzada.
A notícia acompanha outra polémica, desta vez negada pelo visado. Em França, a revista de mexericos Closer – a mesma que ‘denunciou’ os affaires extraconjugais do presidente François Hollande – revelava fotografias de Florian Philippot, número dois da Frente Nacional, num passeio por Viena com um suposto acompanhante (amorosamente falando) masculino. O partido, fundado por Jean-Marie Le Pen e que agora é liderado pela filha, Marine, é de extrema-direita e opõe-se, desde sempre, ao casamento gay e ao reconhecimento dos direitos dos homossexuais.