João Perna, o motorista de José Sócrates, detido com o ex-líder socialista há pouco mais de um mês por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, ajudou o anterior primeiro-ministro a subtrair ao controlo do Fisco parte das verbas ilícitas que este terá recebido enquanto governante, ao aceitar depositar na sua conta bancária quantias que o patrão lhe entregava para depois efectuar pagamentos de despesas.
Esta foi pelo menos a versão que João Perna, de 47 anos, terá relatado às autoridades judiciais, acerca da relação que manteve com as enormes quantidades em numerário movimentadas por José Sócrates no seu dia-a-dia – apurou o SOL de uma fonte conhecedora da investigação.
Ao ser detido, a 20 de Novembro, o motorista recusara prestar declarações, tendo alterado a sua estratégia de defesa após mudar de advogado. É agora defendido por Ricardo Candeias, que substituiu o advogado que inicialmente lhe foi indicado, da sociedade de Proença de Carvalho.
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